sábado, 28 de janeiro de 2012

ESCORRÊNCIA

Escorrência

Poesia é um tinteiro derramado
É onde o coração toca o papel
É o interior que escorre alado
Conceito pintado num pincel.

Sentimento que grita e silencia
Poesia é um tinteiro derramado
É força em chama que gerencia
As cordas do coração acordado.

É letra; Um verbo despontuado
Simples, um possível escrever
Poesia é um tinteiro derramado
Um impossível que se pode ler.

Poesia, respiração de sentimento
O ser por inteiro na folha jogado
Tudo de dentro ateado com vento
Poesia é um tinteiro derramado!

ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG 27/01/2012

MAR DE SONHOS

Mar de sonhos

Sentada as margens do mar do futuro
Molho os pés nas águas da esperança
Inda que remar em alto mar seja duro
Sonho em velejar no céu feito criança.

As areias nos olhos impedem a visão
Onda do desconhecido me desprende
Maré baixa pode ser tornar turbilhão
A brisa mansa da rota não me ofende.

Vá adiante, sem medo, só precaução
Uma voz que vem de dentro me diz
Escute o seu comandante: o coração.

Agitação, um anjo segura minha mão
Erros e acertos; mergulho em ser feliz
Sonhos! Deus em minha embarcação!



ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG 27/01/2012

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Interminável em mim



Interminável em mim



Interminável em mim é a vontade de acordar
De viver e conviver intensamente cada minuto
De sentir o sol,e o vento nos cabelos a soprar
É jamais fazer qualquer ser, alguém diminuto.

 
Infindável em mim é a arrebatamento pela lua
Interminável é a reverência que nutro por Deus
É a poesia que escoa em mim em cascata nua
Interminável é a afabilidade pelos amigos meus.

Interminável é a adolescência da minha alma
É o meu sorriso que não poupo na repartição
Interminável em mim é a acuidade do coração

Interminável em mim é o amor, fonte do perdão
Duradouro: meu vislumbre pela flor que se abriu
Interminável: saudade da minha mãe que partiu!

ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG 18/01/2012

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

EU POESIA

Eu poesia
Em uma palavra já me resumi
Por vezes já me senti um verso
Nas frases me dei conta; cresci
Vi-me haicai em meu universo.

De trova em trova subi degraus
Em forma de pensamento andei
Levei o indriso nas minhas naus
Colhi poesias, soneto me tornei.

Não agradada à alma embrenhei
Brotei-me no encarnado da rosa
Leram-me por aí feito uma prosa.

Meus olhos, refrão da minh’alma
O sentimento dimana sem ponto
Estendo-me em ilimitado conto!

ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG 04/01/2012

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

DANÇA SECRETA

Dança secreta


Entre quatro paredes há sede
Da dança que a alma balança
Não importa se é torta a rede
Herança que o corpo alcança!

Passos que encontram passos
A boca de desejos fica rouca
Braços: aquecem em abraços
Cobiça não é pouca, é louca!

Corpo a corpo tatua pele nua
Unidos sons de doido gemido
Vouyer lua, a dança continua!
Toque atrevido agita a libido
Lenta, samba não se agüenta
Gozo atingido, ápice escorrido.

ღRaquel Ordonesღ

Uberlândia MG 02/01/2012