sexta-feira, 24 de março de 2017

Esvazia desejo; alma vazia

Esvazia desejo; alma vazia

E do corpo germina um sobressalto,
No alto a flor da pele num arrepio,
Um frio, um quente; às vezes eu me falto,
Pauto, o meu desgoverno é vadio.

Um sadio sentir de um querer insano,
Pano que se desveste, cai cortina,
Libertina alma, poros oceano,
Profano abalo, num rir de retina.

Rotina adeus, na tez a latência,
Essência; golfa aroma e é notável,
É amável e estúpida a carência.

A demência sem nexo, ora palpável,
Consolável a carne varre ardência,
Prepotência, a alma não é masturbável.

Raquel Ordones #ordonismo
Uberlândia MG

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